9 de novembro de 2010

A arte do chocolate - por Carlos Dória

A arte do chocolate exige mais do que dispor de boas matérias-primas, que é o que nos promete a próxima abertura de uma loja da Valrhona em São Paulo. Uma “loja conceito” como se diz. Isso significa melhores sabores, sem dúvida, mas não necessariamente uma chocolataria mais desenvolvida. Pode ser que a qualidade estimule ainda mais a preguiça: basta “fundir” o chocolate e lhe dar formas novas e pronto! Esperar os aplausos pela “qualidade Valhona” como se a qualidade industrial do produto imperasse sobre a de um mestre chocolatier artesão, que manipula o produto.

Esta investida da Valrhona significará o ingresso, no mercado, dos grands crus, que ela criou a partir de 1984: Manjari 64%, Taïnori 64%, Caraïbe 66%, Guanaja 70%, Alpaco 66%, Abinao 85% e os chocolates ao leite Tanariva 33% e Jivara 40%. 

Os chocolates de origem ou “crus” surgem já posicionados no mundo gourmet, em oposição à tradição das “fundições” com base nas coberturas inespecíficas que sustentaram, durante décadas, a produção artesanal de bombons. Todos eles nada mais eram do que suportes para os achocolatados da Nestlé e da Garoto, sempre com índices ínfimos de cacau e excesso de açúcar e leticina de soja.

Ler matéria completa aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário